terça-feira, março 18, 2008

Sol gelado, chuva que não molha e uma trilha sonora pra completar...



Essa não é lá uma atualização excepcional, mas de todas as coisas que eu poderia falar, a que me motiva mais nesse momento é o quanto esse clima de hoje, em São Paulo, me agride.

Eu não gosto de chuva, mas eu prefiro um chuvisco à esse calor. Não é que não goste de sol, gosto, até chego a admirar um pouco sua posição como astro rei e deus único de diversas religiões, mas não gosto do calor. Quer dizer, até aceito um calorzinho nos fins de semana, quando você viajar pro sítio ou vai pra praia. Até mesmo para você ficar tostando na piscina ele serve. Mas ao meio dia de um dia de semana em que a semana anterior inteira fez frio e chuva, não dá.

O pior é que o calor te chama a atenção para outras coisas. Quando tá chovendo você se preocupa em não se molhar, em não ser alvo de um jato de espirro d’água do ônibus ou até mesmo no som da chuva – aliás, o som da chuva é a melhor coisa da chuva em si, toda aquela sensação de refrescância é 75% por causa do barulho. Enfim, quando ta calor, você não tem no que prestar atenção, daí repara nos fios de eletricidade, nas ruas sujas, na poluição visual que o prefeito teima em achar que acaba quando sumirem todos os meios de mídia publicitária do universo (o que é mentira – publicidade pode ser arte, e o problema de São Paulo é muito mais seus postes, paredes pichadas e sinalizações ridículas do que um outdoor), entre 200 mil outras coisas que você adoraria eliminar do seu dia.

E não suficiente, o que me irrita mais é o barulho do trânsito. Quando ta chovendo, tem o som das gotas d’água e você normalmente até se refugia embaixo de algum toldinho e dedica mais tempo à conversar esperando a chuva passar – a voz das pessoas é, com certeza, mais agradável que o barulho de um ônibus capenga desses que passam por aqui (fora que o calor dá preguiça até de falar). Além do mais, na chuva, você se esconde dentro do carro, e no carro, tem rádio, e na rádio, tem Nova Brasil FM, daí dá pra relaxar – fora os vidros que dificultam a entrada do barulho. Agora tenta se distrair com um iPod na mão enquanto caminha por ai e veja no que dá.

Voltei do almoço agora, meio irritado. Só nesse percurso de uma quadra fui alvo de uma dezena de estímulos pouco agradáveis que a uma semana eu já até havia esquecido que existiam. E eu nem falei da poluição em si, que deixa você com dor de cabeça só de respirar.

Podiam inventar um solzinho frio, uma chuva que não molhasse e uma trilha sonora metropolitana. É pedir muito?

2 comentários:

Liene disse...

Eu gosto sempre de pensar que todos os climas voltam. Então, faço o possível pra ver o lado bom do presente.

Tudo muito legal, mas nova brasil fm não dá, hein.

Ana disse...

Aiai Gabs!
No dia que você enfrentar o calor do Rio, vai até pensar que o de SP é super agradável, acredite em mim. ;_;~ Aqui você passa mal até dentro de casa, imagina andando no centro com um solzão na cabeça? É uma belezura. :D

Calor poderia não existir para sempre. u.u